Ouço-te na sombra da praça vazia mas não sei de ti
Coletivo POP . Residência Artística
ENCENAÇÃO Tiago de Faria
DIREÇÃO DE ARTE Rocío Matosas
COMPOSIÇÃO DE MÚSICA ORIGINAL Mónica Reis
APOIO À COMPOSIÇÃO DE MÚSICA ORIGINAL Gianna de Toni
ORIGEM Portugal
COLETIVO POP
INTERPRETAÇÃO, CONSTRUÇÃO DE FIGURINOS E ADEREÇOS DECENA E CRIAÇÃO DRAMATÚRGICA Alexandra Baptista; Anabela Almeida; Francisco Albergaria; Joana Matos; João Malaquias; José Jorge; Katarina Rodrigues; Lua Perelló; Luísa Cavalleri; Maria Beatriz Raposo; Nuno Pedro; Paula Wallenstein.
INTERPRETAÇÃO E CRIAÇÃO DRAMATÚRGICA Carolina Nunes; Dalida Costa; Dulce Sequeira; Ema Gonçalves; Emanuel Rocha; Gilberto Cardoso; Gorete Cordeiro; Hélio Sousa; Inês Pereira; Lien Pollet; Lúcia Rocha; Luís Rodeiro; Luísa Margarida Alves; Maria da Graça Simão Melo; Maria de Jesus Lima; Mariana Pacheco de Medeiros; Mário Sousa; Miguel Lima; Natália Lima; Pedro Alves; Ricardo Teixeira.
CENOGRAFIA, CONSTRUÇÃO DE FIGURINOS E ADEREÇOS DE CENA E CRIAÇÃO DRAMATÚRGICA Francisco Melo Bento.
CONSTRUÇÃO DE FIGURINOS E ADEREÇOS DE CENA E CRIAÇÃO DRAMATÚRGICA Ana Lacerda, Ana Sales; Anke Götz, Catarina Roque; David Booth, Ivo Baptista, Kenz Tibbo, Sílvia Roma; Teresa Piedade, Teresa Viveiros.
CRIAÇÃO DRAMATÚRGICA Duarte Melo, Elisabete Cabral Santos, Eugénia Leal, José Fernando Madeira, Margarida Fontes, Ricardo Pacheco, Tiago Melo Bento.
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DURAÇÃO 130 MIN.
CLASSIFICAÇÃO ETÁRIA M12
SOBRE O ESPETÁCULO
“Ouço-te na sombra da praça vazia, mas não sei de ti”, compõe um quadro de inúmeros mosaicos, retratando cada um uma praça. O quadro final é uma praça só ou são várias coladas, sobrepostas?
Os caminhos que aqui desaguam nasceram todos na ilha de São Miguel. Percorridos por quem se juntou para o encontro na praça designada a cada momento. As conversas que se espalham quase imediatamente neste encontro são sobre as nossas relações, a nossa identidade, a memória e a migração. Às vezes através de quadros compostos por ações sensíveis expostas com a crueza do que sendo privado é exposto no espaço público. Outras vezes nos quadros apenas se desenrolam alegorias, nem sempre de origem religiosa, mas recorrentemente fantásticas.
Inspirado na obra “A Hora em que não sabíamos nada uns dos outros”, de Peter Handke, é uma proposta de criação conjunta com a população da Ilha de São Miguel nos Açores, com direção de Tiago de Faria, cenário, luz e figurinos com direção de Rocío Matosas. É um espetáculo que pensando e investigando as memórias de quem vive na ilha, transformará os registos desse trabalho numa praça que se altera para acomodar os testemunhos dos habitantes da ilha. A construção musical feita com a orientação de Mónica Reis e a participação de outros músicos residentes na ilha.
“Ouço-te na sombra da praça vazia, mas não sei de ti”, é um projeto comunitário e participativo com a sua dramaturgia, a música e o espaço sonoro, o cenário, a luz e os figurinos desenvolvidos ao longo da Residência Artística POP.
AGRADECIMENTOS
Aldo Castanheira, Alexandra Baptista, António Cabral, Berta Maio Camacho, Catarina Ferreira, Eugénia Leal, Filipe Silva, Filipe Spranger, Gilberto Cardoso, João Manuel Moniz Pacheco de Melo, José Bernardo, Katarina Rodrigues, Lua Perelló, Maria Emanuel Albergaria, Marla Magalhães, Nicolau Botelho, Oficinas de S. Miguel, Patricia Melo Bento, Paula Oliveira, Pe.Hélder Soares, Ricardo Cabral, Rita Andrade, Roberto Ferreira, Sandra Goulart, Sofia Motta,Teresa Soares, Tomás Quental e MÓNICA OLIVEIRA e JOÃO OLIVEIRA – CASA POP
29 NOV. às 21h00
Coliseu Micaelense
Coliseu Micaelense, Rua de Lisboa, Ponta Delgada, Portugal
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Equipa Artística
TIAGO DE FARIA
É encenador, ator, formador e professor universitário desde 1999, tendo trabalhado em Angola, Inglaterra, República Checa, Marrocos, Portugal e Espanha. Formou-se enquanto ator na Escola Superior de Teatro e Cinema, Lisboa e especializou-se em técnicas de treino de atores com um mestrado da Central School of Speech and Drama, Londres, onde também foi professor.
Foi premiado enquanto encenador por duas ocasiões em festivais de teatro de Espanha e Marrocos. Dirigiu diversos programas de investigação em Portugal e Inglaterra. Foi diretor artístico e de investigação de um centro de investigação nas áreas do teatro, performance e estudos artísticos com sede em Évora. Dos seus espetáculos destaca-se a colaboração com o maestro António Victorino D’Almeida, que compôs a banda sonora do espetáculo “Julieta” em 2010. Trabalhou e dirigiu atores de diferentes países usando diversas técnicas e linguagens como: o Kathak e o Kathakali da India, o Butoh e Bunraku do Japão, e Commedia Dell’arte de Itália. Tem publicado artigos no âmbito da pesquisa através da prática (PAR – practice as research) e está a terminar o doutoramento na área da composição cénica na Universidade de Winchester, no Reino Unido. Criou e dirige o colectivo profissional de criação em teatro e dança Manga Theatre | Teatro Manga desde 2017, na qual encenou "A Sacalina", Lisboa, 2019 e "Emigrantes", Lisboa, 2022.
SOBRE O TEATRO MANGA
Esta forma de estar na criação artística é particularmente relevante para o Teatro Manga, que recentemente tem desenvolvido o seu trabalho em contacto com comunidades migrantes e multiculturais da área de Lisboa. São métodos de criação que se empenham em captar e expressar, de forma quase silenciosa e não narrativa, a qualidade das relações coletivas e o dinamismo da identidade multicultural de cada comunidade.
ROCÍO MATOSAS
Artista multidisciplinar, trabalha como artista visual, diretora artística, poeta, gestora cultural e professora. Cursou Artes Plásticas e Visuais na Escola Nacional de Belas Artes, e Design de Teatro, na Escola de Arte Dramática de Montevidéu.
Ao longo da sua carreira profissional viveu e trabalhou no Uruguai, Argentina, Estados Unidos, Espanha, Itália e Portugal, além de participar em tournês, residências artísticas e festivais na Europa e América. Dá formação nas diferentes áreas artísticas em que se especializa.
Foi premiada pelos seus projetos em Festivais e Competições no Uruguai, Estados Unidos, Argentina, Lituânia, Paraguai, Portugal, Rússia e Cuba. Desde 2019 dirige a Etxe Escola de Artes na sua cidade natal. Uma casa aberta à arte onde a formação em várias áreas artísticas converge com espetáculos, exposições e outros eventos culturais.
Rocio integra igualmente a equipa de Organização e Produção do Festival POP em 2023 na Co-Direcção Artística e na Coordenação técnica e de formação.