Oficina prática sobre o solo narrativo, com Júlio Adrião. Ator do espetáculo "A Descoberta das Américas", de Dario Fo. Prémio Shell 2005 para melhor ator.

Desenvolvimento de uma metodologia para a fabulação por meio da utilização do que cada ator possui de próprio - sua capacidade inata de comunicação - e o que tem de adquirido ao longo da vida - técnicas, físicas e vocais. O ator em estado puro e intenso, com entendimento e domínio dos seus canais de comunicação com o público. Mais importante que decorar o texto é conhecer a estória.

Corpo e voz em função da narração. Contar a ação/Fazer a ação. O ator é o autor do texto falado que narra a estória. Partindo do princípio de que o teatro nada mais é do que uma estória a ser contada, a oficina trabalha a ideia de adaptação do texto, onde o texto ou enredo original, escrito ou não, será adaptado à boca e ao corpo do ator/narrador. Este processo se dá na medida em que o ator domine esse enredo e, aos poucos, vá encontrando palavras, sons e ações físicas que darão forma a essa narração. A partir da improvisação, partituras de texto, sonoras e físicas vão sendo definidas. Tudo isso por meio de muita experimentação, repetição, observação, desprendimento, disciplina e perseverança, ou seja, muito trabalho.